quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Eu não aguento. Tu não aguentas. Ele aguenta...

Mais uma vez há palavras que ainda me conseguem surpreender, proferidas por pessoas não menos surpreendentes e com uma visão avançada e muito esclarecida, convenhamos, sobre os problemas de Portugal, da Grécia e quem sabe, até do Mundo. Hoje foi novamente e vez do chefão do BPI que não só é Ulrich mas ultrarich e deve ser por isso, que a sua noção de força e sacrifício é tão lúcida e clarificada.
Diz o sr. que os portugueses aguentam tudo, até porque se os mendigos aguentam...todos nós aguentamos (atenção que este nós não é extensivo). Isto como se a vida de mendigo fosse uma vida de regalo, isto como se a vida de mendigo fosse um ideal hedonista, isto como se a vida de mendigo fosse desejável. Às vezes, a melhor forma de compreender o que quer que seja, é fazê-lo. Portanto, recomendo ao sr.Ultrarich uma passagem por esta realidade, que é a vida de um sem abrigo e assim teria uma excelente oportunidade de aprender alguns valorers, como sejam, a dignidade e o respeito pelo outro.
Nós não aguentamos tudo, mas se há uma coisa que já não se aguenta, são os falsos moralismos de pessoas que não sabem do que falam nem sabem o que falam nem tão pouco com quem falam.
Já não aguentamos as suas palavras, os seus argumentos nem a sua ética sr. Ulrich!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Da música infantil....

Brotam por aí como cogumelos, cantores, canções, cançonetas, dvd's e escolinhas de música todos dedicados ao universo infantil. No meu tempo as cantigas para crianças, eram as mães que ensinavam, as que se aprendiam na escola e as que se ouviam em dezembro no Natal dos Hospitais (estas cantadas pelo famoso e inesqecível Coro de Santo Amaro de Oeiras).
Mas, como dizia o poeta mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e mudou também a forma de se fazer a aprendizagem das letras infantis. O que não falta no mercado, na internet, nos canais de televisão pagos são cantores que a solo ou em grupo "bombardeiam" ouvidos com tímpanos ainda em formação e os iniciam nas letras do alfabeto, nas regras de higiene, no funcionamento do sistema digestivo e até nas boas maneiras e regras de etiqueta. Com tantas ajudas na educação e formação das crianças é caso para dizer que a presença dos pais, dos professores é até da Paula Bobone é quase dispensável.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O respeito pelo Fim.

Numa sociedade marcadamente materialista, consumista, fashionista e outros "istas", penso muitas vezes que o espaço e tempo para manifestações de respeito, afeto e silêncio é cada vez menor. Hoje pude concluir que nem sempre assim é, feliz ou infelizmente!
Hoje pela manhã apercebi-me de algo diferente no meu local de trabalho. Normalmente, à hora de início de mais um dia de trabalho, o barulho, agitação, movimento e tráfego humano é considerável, sendo constantes os meus pedidos de "dá-me licença?". Hoje esse mesmo local estava repleto de silêncio e de uma estranha quietude, que não é própria de jovens adolescentes em véspera de fim de semana. A justificação é tenebrosa. A finitude, o fim do tempo de alguém é tenebroso, aterrador e simplesmente triste... muito triste para jovens que diariamente mostram a sua rebeldia, teimosia, os seus excessos, o gosto por quebrar regras e que, saudavelmente, não questionam nem consideram no seu horizonte vivencial uma juventude interrompida.
Hoje o dia foi de obediência e de exemplo por parte daqueles jovens que souberam ser e souberam estar!
Hoje o dia foi de silêncio!
Hoje o dia foi de pesar!
Hoje o dia foi de sentimento!
Hoje o dia foi de um extremo respeito pelo Fim.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em modo on!

Dando seguimento ao último post, tinha ficado pelo aviso laranja...mas piorou, e do aviso vermelho até à sua materialização foi um instante. A ventania de sábado trouxe consigo muitos estragos, despesas extra e isolamento. No meu caso concreto, o isolamento territorial foi o facto mais marcante. Sem luz, água, telefone, telemóvel e internet senti-me uma autêntica eremita, mas com a ilusão de viver num país desenvolvido. Estive quase uma semana sem estes serviços que, hoje em dia, parecem básicos.
Na verdade, pude e penso que podemos todos concluir o óbvio: Portugal não está minimamente preparado para dar resposta a situações de catástrofes naturais (válido para humanas), não temos recursos materiais e humanos à altura de um país desenvolvido. Má organização e planeamento? Fraca rentabilização e gestão de recursos? Falta de dinheiro para investir na segurança e prevenção de riscos? Ficam as questões...e ficam ainda problemas de abastecimento de energia num Portugal interior por vezes esquecido.
 

Quanto a mim, finalmente, estou em modo on!

 
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Aviso laranja...porque o amarelo já era!

Chove de forma mais ou menos copiosa, o vento acentua o seu sopro e a roupa está no estendal na rua. Com a previsão de ventos até aos 130Km/h, acredito que amanhã a roupa deva estar do outro lado do hemisfério. Fui apanhá-la na companhia da minha irmã, no entanto, a rua foi o palco de um encontro imediato de 3ºgrau com uma salamandra, na minha terra saramantiga. Um exemplar XXL da espécie do género Chioglossa preta manchada de amarelo. A repugnância relativamente ao bicho, inutilizou a minha ação, mas não a da minha irmã que corajosamente a enfrentou num digno duelo de titãs...ganhou a mana, mas foi uma vitória sofrida, suada e molhada, este último adjetivo devido ao aviso laranja!

Afinal, era rica e não sabia...

Falava-se de cidadania e eis que jovens alunos, perguntavam se era melhor ou pior para o país se voltássemos ao escudo: Respondi-lhes, entre outras coisas, que na altura do "velhinho" escudo, era rica e não sabia... Retorno da resposta por uma aluna: "Ó stora, tem que escrever um livro sobre quando era rica!"
Não escrevi o livro, (em dois dias não consegui!), escrevo um post inspirado nos alunos que um dia destes, breve, serão empregados de bar, e talvez me ofereçam um ginger ale, porque agora já não sou rica como era na altura em que o dinheiro crescia na carteira, quase à velocidade de um shaker na mão de habéis barmen e barmaids.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Problema de expressão!

É sobejamente conhecida a dificuldade de comunicação do nosso governo com o seu eleitorado e mais ainda, com aqueles que não foram ou são o seu eleitorado, como é óbvio! Até o próprio "staff" do governo o confirma, publicamente.
Hoje, mais uma vez, ficámos a saber que o Primeiro Ministro de Portugal, nunca sugeriu, recomendou ou afirmou categoricamente, que os portugueses, em particular os professores, emigrassem. Realmente, temos muitas dificuldades a nível da compreensão e interpretação de conteúdos, é uma lacuna muito grave pois é impeditiva de aplicar de forma correta os conteúdos ouvidos. Claramente, levantamos falsos testemunhos, geramos a confusão e alimentamos a nossa depressão. Provavelmente, esta situação acontece devido à riqueza da nossa língua e vocabulário, semântica e pragmática...Oh! Língua Portuguesa, sempre a atraiçoar-nos!
As cerca de 44 mil pessoas que emigraram no ano passado, foram induzidas em erro, não deviam ter ido, perceberam mal, e acima de tudo, vão perder a oportunidade de ver a "luz ao fundo do túnel" que se aproxima a passos largos e, se calhar ainda vem antes do esperado, antecipa-se!
Todos os mal entendidos que se têm verificado se devem a problemas de interpretação e problemas de expressão, estas últimas, algumas vezes despropositadas. 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Vale Tudo...até chorar a rir!

Numa altura em que se clama, com relativa urgência, por motivos que nos façam rir e nos façam esquecer, ainda que temporariamente, o atual estado da nação, digo Nação, eis que surge um Manzarra, que nos desafia a ver televisão num domingo à noite em que o riso é o rei e senhor deste palco.
Não vou aqui discutir a qualidade do programa ou a (in)suspeita intelectualidade que por ele possa ser veiculada, o que de facto ressalvo é o riso que, no meu caso chegou à gargalhada, provocado por situações hilariantes com planos inclinados que se assumem como palcos de comédia trágica, tal não foi o número de quedas e tropeços protagonizados por alguns dos nossos artistas da praça.
Foi sem dúvida um bom final de domingo, em que valeu tudo, mesmo chorar de tanto rir.
Parece-me que se avizinham tempos de sucesso para o apresentador deste programa de entertenimento ou não fosse ele um man com garra.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Um Avô Cantigas...pouco ortodoxo!

O "avô" das crianças do meu tempo não era divorciado, pelo menos para mim, mas na verdade é! É um avô contemporâneo. Quanto a isto, nada a comentar! O que comento, é ouvir o "meu" Avô Cantigas a brincar maliciosamente com as palavras: ou melhor, com o feminino de queque! Não lhe fica muito bem "avô"...acho eu!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Lavar a cabeça!

Detesto ter que lavar a cabeça!
Na verdade, há rituais de higiene que nos roubam algum do nosso tempo,  pelo facto de serem rotineiros e terem pouca durabilidade, pois não tarda muito até ter, novamente,um toque pouco sedoso no cabelo.
Ainda assim, LAVO a cabeça...contrariada, é certo, mas lavo!
Normalmente, lavo com champôo como todas as pessoas normais...outras, muitas até, lavo com palavras que partilho em blogue.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Da crise à maternidade...

Tenho uma teoria que me apetece partilhar: em alturas de crise, leia-se "entroikados", a taxa de natalidade pode ter tendência a aumentar. Fiquei a saber recentemente que tenho quatro vizinhas grávidas! Que boas notícias! De más andamos nós fartos (cheira-me que ainda vamos ter mais!). Mas, este post é sobre boas notícias e por isso, não pensemos em coisas deprimentes!
Se recuarmos na nossa história mais recente, digo 40 ou 50 anos, constatamos que  as famílias portuguesas eram numerosas em razão proporcional com as dificuldades financeiras que tinham. Para além deste argumento, acrescento que uma criança é sempre uma benção e um motivo de muita alegria, que é aquilo que escasseia neste país e o que faz falta é "animar a malta!"
Assim, da crise à maternidade...basta a austeridade!
Claro está, que a exceção é que confirma a regra e, a gravidez da Ministra da Super Pasta é essa exceção que confirma a minha teoria não científica.