terça-feira, 23 de abril de 2013

Porque os livros são...

Porque hoje é o Dia Mundial do Livro...
Porque os livros são uma das minhas melhores companhias...
Porque as datas comemorativas de coisas boas são para se comemorar...
Porque devo escrever sobre o que gosto...

Escrever seja o que for é sempre um ato de grande responsabilidade, não só por aquilo que se diz, como se diz, para quem se diz mas também pelo que se pode vir a dizer a partir do que se disse. Quem tem a coragem de escrever um livro, tem também a consciência de que as suas palavras serão sempre consequentes, seja positiva ou negativamente. No panorama cultural da atualidade todos os dias assistimos a lançamentos de livros, de novos autores, de novas perspetivas sobre assuntos vários e, no meu ponto de vista, considero que essa "ousadia" de lançar um livro é quase sempre uma mais valia para o nosso enriquecimento cultural. Senão vejamos, quando um livro é bom (claro está que o conceito bom, está carregado de subjetividade), suscita leituras, interpretações, identificações, sugestões, dissertações e um sem número de comentários e análises críticas, o mesmo se passa quando um livro é mau (novamente a subjetividade). Quando um livro não é bom nem mau (considerando que os há), e é mais ou menos, normalmente não vende, ou é pouco procurado! Ainda assim, o que importa é que o livro, bom, mau ou mais ou menos não deixe de nos acompanhar e de certa maneira, esculpir a nossa personalidade.
No conjunto dos estilos literários confesso que a prosa está no top das minhas preferências não tenho a genialidade desejável para compreender e apreciar poesia e confesso ainda, que me cansa um bocado a poesia sentimentalista em que se faz trezentas e trinta e sete mil interpretações de uma palavra e ainda com a possibilidade de triplicar esse número, porque a riqueza da escrita está na pluralidade de opiniões que se formam.
Gosto de literatura portuguesa, mas ainda não consegui a fórmula mágica para ler o nosso Prémio Nobel e sei que o defeito só pode ser meu. Gosto de literatura infantil...da Anita, das fábulas de La Fontaine, de Saint-Exupéry, de Enid Blyton, de Mark Twain...enfim dos livros da minha infância lá para os anos 80. Gosto da dureza de KafKa, da simplicidade de Jorge Amado, da liberdade de Sartre, do absurdo de Camus, da genialidade de Gabriel Garcia Marquez, da paz de Tolstoi, da atualidade de Eça de Queiroz, dos música dos pianos de José Luís Peixoto. Gosto de banda desenhada, do Tio Patinhas, do Pateta, do Pato Donald e de todos os bonecos da Disney...
...enfim, gosto muito de livros...
...gosto muito de ler...
... não gosto de livros digitais...
... mas do que não gosto mesmo é do estado moribundo em que se encontra a cultura portuguesa e o do pouco valor que se tem dado aos livros como fonte de saber, curiosidade, criatividade e mundividência.

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